quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Acaba a greve dos professores da UFT


Durante assembléia realizada na tarde desta quarta-feira, 31, no auditório do bloco 3 da Universidade Federal do Tocantins (UFT), a Seção Sindical dos Docentes da UFT (Sesduft) decidiu por fim a greve iniciada no mês de junho. 

A decisão, que não foi unânime, gerou conflito entre os professores. Foram 53 votos a favor do fim da greve, 35 contra e 10 abstenções. O presidente da Sesduft, Vinícius Marques, chegou até cogitar sua renúncia do cargo após alguns professores insinuarem que Marques havia negociado paralelamente com o governo para por fim à greve. 


O fim da greve foi solicitado após Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) assinar um acordo emergencial com o Governo Federal que estabelece a aplicação dos 4% sobre o Vencimento Básico, após a incorporação da gratificação, e também sobre a Retribuição por Titulação (RT), tanto para docentes do Magistério Superior quanto do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), a ser implementada em março de 2012. 

Vinícius informou aos professores presentes na assembléia as deliberações feitas entre ele e a reitoria em torno do calendário escolar e do início do semestre letivo. Segundo ele a previsão de início das aulas seria para o dia 12 de setembro e o semestre letivo se findaria no dia 18 de fevereiro.

O presidente do Diretório Central do Estudantes da UFT, Felipe Albuquerque, disse que a decisão foi sensata. Segundo ele “não havia mais ambiente para sustentação da greve após a assinatura acordo entre Andes e Governo Federal”.

Vários professores ficaram indignados com a decisão da assembleia e alguns cogitaram até a anulação da votação. Quanto ao calendário acadêmico do segundo semestre letivo, nada foi estabelecido ainda. O presidente do sindicato se retirou da reunião sob protestos de professores que diziam se sentir enganado e que não aceitaram o final da greve. Toda a reunião foi transmitida via Twitte Can da Sesduft. Técnicos administrativos continuam em greve.

Atualizada às 19h38

Reunião traça proposta de retorno das aulas dos campi da UFT para o dia 12 de Setembro



Ocorreu na manhã desta quarta-feira, a primeira das três reuniões de extrema importância, que definirão ou não o retorno das aulas da UFT. Haverá também uma reunião à tarde (à partir das 14h), assembleia do SESDUFT, que poderá aprovar a saída da greve docente e outra, na quinta-feira (reunião do CONSUNI), conforme divulgada amplamente pelo DCE.



Pela manhã, estiveram reunidas as 3 categorias representativas da UFT (DCE, SINTAD, SESDUFT) com a Administração Superior da universidade (Reitoria e Diretores dos Campi de Araguaína, Palmas, Miracema e Porto Nacional). Inicialmente houve a análise das conjunturas das greves dos Técnico-administrativos e dos professores da UFT.

Os técnicos-administrativos ainda continuam em greve, mas com determinação judicial, 50% deles já retornaram às atividades. Ao que tudo indica, a matrícula dos veteranos da instituição será realizada pelos servidores que estão em atuação, conforme dado trazido à reunião pelo representante da categoria.

No que tange aos professores, a assinatura de um acordo com o Governo Federal e o sindicato nacional deles, o ANDES-SN, terá peso na assembleia da SESDUFT, que ocorrerá nesta tarde. Há, entretanto, a possibilidade da assembleia deliberar por manter o movimento paredista.



As perspectivas para o retorno das aulas:


Discutiu-se previamente uma proposta de calendário entre a Reitoria e as 3 categorias. Após intensa discussão, chegou-se a um consenso de que o dia 12 de setembro, é uma data razoável de retorno das aulas de todos os campi. 

AS DATAS MENCIONADAS E DEMAIS INFORMAÇÕES FORAM DISCUTIDAS À TÍTULO DE PROPOSTAS E PODERÃO SER ALTERADAS, DE ACORDO COM O RESULTADO DA ASSEMBLEIA DA SESDUFT E AS DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO. Portanto, o DCE pede aos alunos que aguardem,  até que os detalhes sejam acertados e divulgados oficialmente pela UFT.

Para os campi que fecharam o semestre, essa data seria do início do semestre letivo 2011/2. Para os campi que não terminaram o semestre, a data marcaria a finalização das aulas, provas do 2º bimestre e as ministração das provas finais. Ou seja, os campi que não adeririam à greve, finalizariam o semestre 2011/2 mais cedo e os que aderiram, mais tarde.

Um dos posicionamentos dos DCE na discussão, foi de que os campi que não aderiram à greve docente, não poderiam esperar os demais fecharem o semestre. "Queríamos muito que todos os campi começassem as aulas do semestre 2011/2 em um único dia, mas devido a não unidade da greve, tornou-se inviável. Se há muitos cursos que não entraram de greve, o estudante destes, não podem esperar que os outros cursos fechem o semestre, para só assim, retornem as aulas. Há muitos alunos que já retornaram de suas cidades e estão tendo muitos gastos com aluguéis, alimentação, etc, mesmo sem o retorno das aulas." declarou Felipe Albuquerque, Presidente do DCE/UFT

Outro ponto ressaltado pelo DCE/UFT referiu-se ao lançamento das notas nos diários, dos cursos que não tiveram o semestre encerrado: "O DCE recebeu alunos que reclamaram que as notas foram lançadas no Histórico Escolar, sem que a disciplina fosse encerrada. Falamos à PROGRAD que esses casos devem ser observados para evitar problemas aos estudantes, principalmente com o Ajuste de Matrículas." comentou Albuquerque.

Para os cursos que não aderiram, provavelmente haverá cerca de 2 semanas para o encerramento do semestre e mais uma, para a realização do Ajuste de Matrículas. A previsão de início do semestre 2011/2 destes cursos, seria 03 de Outubro. 

O DCE/UFT ressalta que, mesmo havendo o retorno das aulas, com a finalização da greve docente, haverá serviços na universidade funcionando precariamente, devido a continuação da greve dos servidores. Um exemplo, serão as bibliotecas dos campi.






por: www.dceuft.blogspot.com